quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

MACHO OU FEMEA?????

Essa é uma questão que pode gerar muita dúvida na hora de adquirir um cão da raça Pastor Alemão. O macho é mais independente e a fêmea, mais dócil e submissa — mas ambos têm o mesmo poder de guarda e companheirismo.

Analise cuidadosamente as características de cada gênero, conhecendo os tipos de mudanças de comportamento e hábitos. Era comum, há algum tempo, achar que a fêmea só dava trabalho — tinha o problema do cio, podia ficar prenha, não era tão boa guarda etc. Outra crença comum era a de que as alterações hormonais na época do cio faziam com que a fêmea ficasse "histérica" e hipersensível. Em outras palavras, a fêmea era considerada um problema. Só de uns tempos para cá é que tais mitos foram caindo, a verdade foi aparecendo e começou-se a perceber que nem o macho é tão fácil assim, nem a fêmea é tamanho transtorno. Os dois sexos têm vantagens e desvantagens, e a questão é qual o perfil que mais se adapta a você.
De fato, as fêmeas entram no cio duas vezes por ano, e isto pode ser complicado se você morar num apartamento. Ou, ainda, se você morar num local onde sua fêmea não tenha como ficar separada dos "pretendentes" que podem aparecer a sua porta.
Sabendo disso, os petshops estão cheios de opções interessantes para resolver tais incômodos. Existem calcinhas higiênicas especialmente feitas para as fêmeas que moram em apartamentos usarem "naqueles dias". Essas calcinhas são super absorventes e impedem que seus móveis e tapetes fiquem sujos de sangue.
Outra boa opção é usar um spray anti-cheiro na fêmea. Esse spray costuma disfarçar o cheiro do cio, fazendo com que cães de outras casas próximas não percebam que há uma cadela no cio por perto. Tudo isso, no entanto, não dispensa os cuidados para que a cadela fique longe dos garanhões — mas já ajuda bastante. O ideal mesmo é ter um quintal fechado, ou pelo menos um canil, para evitar acidentes.
Essa dita "histeria" que acometeria a fêmea sempre que estivesse no cio também é lenda. É fato que certas fêmeas podem ter seu comportamento alterado em função das alterações hormonais. Porém tais fêmeas fazem parte de uma minoria, e mesmo estas nem sempre sofrem de "histeria". Algumas ficam mais quietas, melancólicas; outras, mais irritadiças e alteradas. Porém isto é uma exceção à regra. A chamada "gravidez psicológica" também pode acometer algumas fêmeas, o que também se trata de uma minoria. A grande maioria passa pelo período do cio sem maiores problemas.
Já os machos não têm cio, porém é comum que eles fujam de casa atrás das fêmeas quando estas entram na fase de reprodução. Atraídos pelo cheiro do cio, eles escapam de suas casas e, quando se dão conta, já estão em regiões absolutamente desconhecidas. Muitos deles, inclusive, não conseguem voltar para casa depois. Portanto, se você se decidir por ter um macho, nunca se esqueça de colocar uma placa nele com a identificação e o seu telefone. Desta forma você dá oportunidade para que alguém possa entrar em contato para informar onde está o seu cão.

Um problema comum, também, na época de acasalamento, é a disputa entre os machos pela fêmea. Se há vários machos e só uma fêmea, esses machos vão brigar entre si para estabelecer quem é o líder e, por consequência, quem tem direito a copular com a fêmea em primeiro lugar. Essas disputas são terrivelmente desgastantes para os machos, pois costumam durar vários dias. Além disso, neste período o macho nem mesmo se alimenta. Conclusão: quando este cão volta pra casa, você tem de volta um macho todo machucado, fraco e, invariavelmente, precisando de uma visita urgente ao veterinário.
A demarcação de território é outra questão delicada relativa ao macho. Apesar de não ser compulsório, tal comportamento é perfeitamente normal e esperado de um cão macho adulto. É uma questão hormonal, e não de educação. No mundo canino, os machos líderes costumam demarcar seu território — com uma secreção de cheiro bastante forte — para mostrar que tal território já tem dono. Este comportamento, porém, não é uma regra. Muitos cães não apresentam tal comportamento, seja por não serem líderes natos, por não compartilhar territórios com outros cães ou, ainda, por não serem socializados. Além disso, na maioria dos casos esse comportamento pode ser controlado e possivelmente eliminado, desde que seja trabalhado assim que começa a se manifestar

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